Decidi que ia ler “Ensaio Sobre a Cegueira” quando vi o vídeo do autor, o português José Saramago, chorando depois de assistir a adaptação do cineasta Fernando Meirelles para o livro. Para quem não sabe, eles narram um misterioso surto de cegueira que invade uma cidade e leva os primeiros infectados para quarentena – mas há ali, em segredo, uma mulher capaz de enxergar.
Hoje faz mais ou menos uma semana que terminei o romance e ainda estou digerindo. Falando o máximo possível sem contar demais, o final é tenso, pois quando faltam cinco páginas para o fim o caos ainda não está acabando. E foi me dando um medo de ser um daqueles finais fáceis, todo mundo se mata ou “ah, era tudo um sonho”. Mas não foi o caso.
Como acontece com boa parte dos livros e filmes, o final não influenciou muito na minha opinião sobre o todo. Mesmo se “Ensaio...” tivesse acabado com o despertar de um sonho, teria valido à pena. As páginas anteriores propõem muita reflexão e os personagens são interessantíssimos de acompanhar.
Li uma entrevista com Meirelles semana passada. Nela, o diretor compara as duas obras. “Muitas pessoas leram o livro e gostaram, portanto, o filme é perfeito para frustrar 75% dos espectadores”. Afinal, certas idéias e personagens não entraram no longa-metragem. Ele diz que ficou com medo de ficar um filme muito metafórico. Quem leu sabe que o livro dá margem para um blockbuster cine-catástrofe e o diretor não quis seguir esse caminho, ainda bem.
Teve crítica falando que o filme é deprimente e outra falando que é o melhor longa dos últimos cinco anos! “O que me assustou [no livro] era a fragilidade humana. Como a gente assume o que não é e vive de aparência”, disse o cineasta. E também foi isso que mais me chamou atenção. Se Meirelles conseguiu colocar isso no filme, já sei que vou gostar.
Meirelles teve muitos problemas para finalizar o trabalho, um caos digno daquele narrado pela película. Ele fez um blog para contar essas aventuras e confessou lá que a fotografia foi muito inspirada em quadros de Rembrandt, alguns dadaístas, cubistas... Para ver os trailers do filme, clique aqui e aqui.
O filme “Ensaio Sobre a Cegueira” (“Blindness”), da produtora brasileira O2 Filmes, da japonesa Bee Vine Pics e da canadense Rhombus Media, estréia no Brasil dia 12 de setembro. No elenco estão Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga e Danny Gloover. E, rapaz, como estou a fim de ver esse filme...
Para ouvir depois de ler: Björk - I've Seen It All
Hoje faz mais ou menos uma semana que terminei o romance e ainda estou digerindo. Falando o máximo possível sem contar demais, o final é tenso, pois quando faltam cinco páginas para o fim o caos ainda não está acabando. E foi me dando um medo de ser um daqueles finais fáceis, todo mundo se mata ou “ah, era tudo um sonho”. Mas não foi o caso.
Como acontece com boa parte dos livros e filmes, o final não influenciou muito na minha opinião sobre o todo. Mesmo se “Ensaio...” tivesse acabado com o despertar de um sonho, teria valido à pena. As páginas anteriores propõem muita reflexão e os personagens são interessantíssimos de acompanhar.
Li uma entrevista com Meirelles semana passada. Nela, o diretor compara as duas obras. “Muitas pessoas leram o livro e gostaram, portanto, o filme é perfeito para frustrar 75% dos espectadores”. Afinal, certas idéias e personagens não entraram no longa-metragem. Ele diz que ficou com medo de ficar um filme muito metafórico. Quem leu sabe que o livro dá margem para um blockbuster cine-catástrofe e o diretor não quis seguir esse caminho, ainda bem.
Teve crítica falando que o filme é deprimente e outra falando que é o melhor longa dos últimos cinco anos! “O que me assustou [no livro] era a fragilidade humana. Como a gente assume o que não é e vive de aparência”, disse o cineasta. E também foi isso que mais me chamou atenção. Se Meirelles conseguiu colocar isso no filme, já sei que vou gostar.
Meirelles teve muitos problemas para finalizar o trabalho, um caos digno daquele narrado pela película. Ele fez um blog para contar essas aventuras e confessou lá que a fotografia foi muito inspirada em quadros de Rembrandt, alguns dadaístas, cubistas... Para ver os trailers do filme, clique aqui e aqui.
O filme “Ensaio Sobre a Cegueira” (“Blindness”), da produtora brasileira O2 Filmes, da japonesa Bee Vine Pics e da canadense Rhombus Media, estréia no Brasil dia 12 de setembro. No elenco estão Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga e Danny Gloover. E, rapaz, como estou a fim de ver esse filme...
Para ouvir depois de ler: Björk - I've Seen It All