Sempre ouço falar que grandes escritores se inspiram em todo e nenhum lugar. Do meio do nada lhes vem uma história pronta na cabeça e tudo que eles fazem é achar um papel e escrevê-la. Eu, não sendo um grande escritor, não funciono assim.
Às vezes não sei o que quero falar e sento no computador. Abro um novo arquivo, em branco, e fico olhando para ele. Sei que tenho algo pra falar, pra tirar de mim. Olho para a janela, que fica perto do monitor. Vejo as nuvens e não raro acho que devia fotografá-las mas deixo a tarefa para depois. Algumas vezes chupo uma bala, tomo um gole de algo. E aí vem o texto. Ele chega tímido, comedido e é, provavelmente, sobre o mesmo assunto do anterior. Curioso que eles não me soem repetitivos. Cada dia é um e eu estou diferente. Minha visão é outra sobre o mesmo fato. Mas não posso deixar de observar que o núcleo duro do fato ainda é o mesmo. Fato.
Outras vezes estou à toa. Sentado em um banco do shopping olhando para uma vitrine cheia de roupas estranhas e me vem uma declaração de amor na cabeça. Uma ode a um sentimento com muitos rostos e nenhum deles perto o suficiente para ser tocado. Abro minha mochila e escrevo no caderno. Mudo pouquíssimas coisas, ele vem realmente pronto, completo e sem pedir permissão. Acho igualmente curioso isso. Sei que se ele pedisse eu não o deixaria chegar. Tenho percebido que me falta sensibilidade às coisas grandes. Passei tanto tempo exercitando-me para enxergar as pequenas que perdi a noção do tamanho do todo.
Ainda me abalo com as mesmas coisas, situações, pessoas, frases e canções. Invento diálogos e telefonemas na minha cabeça e tendo a fazer meus textos direcionados a esses rostos distantes. Isso é igualmente chato e libertador. É tudo uma fase, eu sei. Um período de felicidade é seguido por um bem triste. Pois felicidade não é real, a paz é. E eu escrevo sem medo de ser interpretado de forma equivocada, pois um dia isso não vai acontecer mais. É que esses períodos duram tempos diferentes, então eu sigo escrevendo sobre tudo e todos. Aqui, ali, em qualquer lugar.
Às vezes não sei o que quero falar e sento no computador. Abro um novo arquivo, em branco, e fico olhando para ele. Sei que tenho algo pra falar, pra tirar de mim. Olho para a janela, que fica perto do monitor. Vejo as nuvens e não raro acho que devia fotografá-las mas deixo a tarefa para depois. Algumas vezes chupo uma bala, tomo um gole de algo. E aí vem o texto. Ele chega tímido, comedido e é, provavelmente, sobre o mesmo assunto do anterior. Curioso que eles não me soem repetitivos. Cada dia é um e eu estou diferente. Minha visão é outra sobre o mesmo fato. Mas não posso deixar de observar que o núcleo duro do fato ainda é o mesmo. Fato.
Outras vezes estou à toa. Sentado em um banco do shopping olhando para uma vitrine cheia de roupas estranhas e me vem uma declaração de amor na cabeça. Uma ode a um sentimento com muitos rostos e nenhum deles perto o suficiente para ser tocado. Abro minha mochila e escrevo no caderno. Mudo pouquíssimas coisas, ele vem realmente pronto, completo e sem pedir permissão. Acho igualmente curioso isso. Sei que se ele pedisse eu não o deixaria chegar. Tenho percebido que me falta sensibilidade às coisas grandes. Passei tanto tempo exercitando-me para enxergar as pequenas que perdi a noção do tamanho do todo.
Ainda me abalo com as mesmas coisas, situações, pessoas, frases e canções. Invento diálogos e telefonemas na minha cabeça e tendo a fazer meus textos direcionados a esses rostos distantes. Isso é igualmente chato e libertador. É tudo uma fase, eu sei. Um período de felicidade é seguido por um bem triste. Pois felicidade não é real, a paz é. E eu escrevo sem medo de ser interpretado de forma equivocada, pois um dia isso não vai acontecer mais. É que esses períodos duram tempos diferentes, então eu sigo escrevendo sobre tudo e todos. Aqui, ali, em qualquer lugar.