Monica teve um curto relacionamento com um homem chamado Richard. Não durou muito, mas foi intenso. Quando ela o confronta sobre questões do futuro e vê hesitação em sua fala e em seus olhos, desiste. Era necessário parar de se ver para que pudessem esquecer – um o outro.
Eles param de se ver, mas não de se gostar. Monica não consegue pensar em mais nada. Não dorme bem, não acorda bem. Ouve as músicas dos dois, lê os livros dele, assiste seus programas de TV favoritos e tem a impressão de vê-lo em toda e qualquer rua por qual passa. A pior sensação é a de não saber a resposta pras seguintes questões: ele se importou? Ele também está triste? Ele também sente falta de conversar comigo?
Até que uma visita surpresa de seu pai muda tudo. Ela pergunta o motivo de uma inesperada visita à filha e ele diz que queria saber se ela estava bem. Ele tinha visto Richard. E, caramba, ele estava acabado, miserável, morrendo de saudades dela. Segundos depois de ouvir isso, Monica consegue finalmente pegar no sono. Seu pai a cobre e vai ver TV.
“Friends” é definitivamente a melhor comédia de todos os tempos pois ultrapassa limites em todos os sentidos – inclusive o de gênero. O episódio acima pode parecer sádico ou cruel, mas é reconfortante. Saber que o outro também sofre dá a impressão que a sua dor não foi em vão. E é disso que sinto falta: retorno.
Para ouvir depois de ler: Let’s Talk About Spaceships – Say Hi To Your Mom
sábado, 10 de novembro de 2007
"Friends" em comum
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2 comentários:
tão bonito
Friends é vida...
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