Foram dias de muita campanha, houve muita falação e brigas. A última eleição para a prefeitura aqui de Belo Horizonte apresentou dois candidatos despreparados, ambos com o rabo preso em algo e trocando ofensas entre si. As pessoas ao meu redor diziam que ia votar em um porque o outro não prestava – e vice-versa. Nenhum deles tinha propostas de governo interessantes sob nenhum ponto de vista.
Conversas sobre qual deles era o melhor ganhavam proporções grandes e viravam discussões pra lá de pessoais, como se a vida da pessoa fosse depender daquilo.
Tem gente que diz que, se 50% dos votos forem anulados, as eleições são canceladas e outras, com outros candidatos, precisam ser marcadas. Tem gente que diz que isso é balela e que, se todo mundo anular e apenas uma pessoa votar, seu candidato vence. Mas o fato é que tanto faz. Anulei meu voto e não foi por nenhum desses motivos.
Ao contrário do que pode parecer para alguns quando digo que anulei meu voto, acho política uma coisa séria. Séria até demais. Tirei meu título de eleitor com 16 anos e sempre fiz campanha para o meu candidato. O negócio é que, em 2008, eu não tinha um. E votar no menos pior não é o suficiente. Quando o assunto é política, prefiro ficar parado do que dar um passo no caminho errado.
Eleições obrigatórias viram uma piada por aqui. Indecisos votam no que está mais bem colocado nas pesquisas e acha que votar no que vai perder também é perder – como se fosse um jogo.
Não fiz questão de divulgar isso por aí, de estimular que outros anulassem seus votos, nem nada disso. Só senti vontade de dizer que anular o voto não é necessariamente sinônimo de alienação política. Aliás, muitas vezes, pode ser o oposto disso.
Para ouvir depois de ler: American Life - Madonna
Conversas sobre qual deles era o melhor ganhavam proporções grandes e viravam discussões pra lá de pessoais, como se a vida da pessoa fosse depender daquilo.
Tem gente que diz que, se 50% dos votos forem anulados, as eleições são canceladas e outras, com outros candidatos, precisam ser marcadas. Tem gente que diz que isso é balela e que, se todo mundo anular e apenas uma pessoa votar, seu candidato vence. Mas o fato é que tanto faz. Anulei meu voto e não foi por nenhum desses motivos.
Ao contrário do que pode parecer para alguns quando digo que anulei meu voto, acho política uma coisa séria. Séria até demais. Tirei meu título de eleitor com 16 anos e sempre fiz campanha para o meu candidato. O negócio é que, em 2008, eu não tinha um. E votar no menos pior não é o suficiente. Quando o assunto é política, prefiro ficar parado do que dar um passo no caminho errado.
Eleições obrigatórias viram uma piada por aqui. Indecisos votam no que está mais bem colocado nas pesquisas e acha que votar no que vai perder também é perder – como se fosse um jogo.
Não fiz questão de divulgar isso por aí, de estimular que outros anulassem seus votos, nem nada disso. Só senti vontade de dizer que anular o voto não é necessariamente sinônimo de alienação política. Aliás, muitas vezes, pode ser o oposto disso.
Para ouvir depois de ler: American Life - Madonna
3 comentários:
Gostei muito do texto e mais ainda do porque do voto nulo. Concordo com você 100%.
nas eleições anteriores eu anulei o voto pq no gostava de candidato nenhum
esse lance de votar no menos pior não existe pra mim
se eu nao gostar nao voto em ninguém
Anular o voto é votar. Incrível como tem gente que até hoje tem o discurso de que "a direita quer que vc anule seu voto" ou que "anulando seu voto vc ajuda a eleger corruptos". Afff, votar não é escolher? Então, entre o ruim e o péssimo, melhor escolher nenhum.
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