domingo, 28 de junho de 2009

Quem é quem?

– Um manda e o outro sofre. É sempre assim em todo relacionamento. E nem sempre você faz a mesma coisa, mas é sempre uma variação disso.

Ele fechou a boca e bebeu mais um gole de cerveja. Curiosamente, a teoria era da menina com quem ele estava fazendo sexo casual regular. Não cabia a mim julgar qual dos dois fazia qual das duas coisas. Mas sim julgar a teoria. É verdade? Em um relacionamento, sempre há quem mande e quem sofra?

Exemplos? Bom, o mundo ficou perplexo quando um dos maiores rockstars da história, que podia servir-se de groupies à vontade, resolveu desposar uma japonesinha sem sal. Ainda acho que John Lennon e Yoko Ono eram almas gêmeas, mas era claro ali para todos que a última palavra era dela, não? E o fato dele ser famoso e milionário não mudava isso.

Quando as duas pessoas decidem que a aventura do momento é ficar juntas, não é que um vá sempre sofrer. Mas o pêndulo das decisões sempre cai mais para um lado. E porque isso acontece?

Pais e mães passam a vida falando que o amor pelos filhos é igual. Sim, igual entre os filhos, mas não dos filhos para eles. Na vida amorosa também. As duas pessoas podem verbalizar exatamente a mesma coisa, mas os verdadeiros sentimentos de um pelo outro se encontram nas pequenas coisas. “Eu te amo” são três palavras apenas, todos já sabemos. O sentimento de verdade está escondido no ato de abrir uma porta, de rir das piadas sem graça, de pagar um café, na ansiedade pelo telefonema e no compromisso com o fazer a ligação prometida.

Duas pessoas que se gostam nunca se gostam da mesma maneira. Mas talvez esteja aí o elemento que faz uma pessoa ser interessante para a outra. E também a explicação para o fato de que, sempre, alguém sai mais machucado que o outro quando as coisas chegam ao fim.



Para ouvir depois de ler: I Want To Hear What You Have Got To Say – The Subways

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Os gays mais ricos do mundo

Nessa mania maravilhosa de listar as pessoas mais ricas do mundo, a revista americana Forbes trouxe uma categoria que era novidade pelo menos para mim: os gays.

Você faz idéia quem são os gays mais ricos do mundo? Nem vou citar Elton John ou Valentino, né? Eles todo mundo conhece. Vamos à lista?

Lembrando que a revista só considera os assumidos, claro, e que o valorzinho ali é referente apenas à fortuna acumulada em 2008.

James Hormel, 76 anos: U$ 450 milhões
Herdeiro da maior empresa de carne processada do mundo. Depois de dez anos casado com uma mulher (e cinco filhos e treze netos) saiu do armário e começou a lutar pela causa gay. Tornou-se o primeiro embaixador gay dos EUA, nomeado por Bill Clinton.

Tim Gill, 55 anos: U$ 450 milhões
Criador do programa QuarkXpress. Vive com seu parceiro, o consultor financeiro Scott Miller, desde 2002 e preside duas fundações LGBT no Colorado.

Pierre Bergé, 78 anos: U$ 500 milhões
Viúvo/herdeiro de Yves Saint Laurent e dono da revista Têtu. Além de amiguinho de Carla Bruni.

Bruce Wayne, 61 anos: U$ 1,1 bilhão
Sim, gente. O Batman é gay mesmo! Tá, piadinhas à parte, ele é o inventor do Word Perfect, o processador de textos mais popular do mundo até a explosão do Windows. Espertinho, ele vendeu a budega antes e faturou 700 milhões de doletas.

Peter Thiel, 41 anos: U$ 1,3 bilhão
Um dos idealizadores do YouTube, maior acionista do Facebook e criador do Paypal. Tá bom?

Jon Stryker, 48 anos: U$ 1,8 bilhão
Além de ativista e arquiteto, ele é, com as irmãs, dono da maior fabricante de equipamentos hospitalares e cirúrgicos dos Estados Unidos.

Giorgio Armani, 75 anos: U$ 4,1 bilhões
Precisa falar? Simplesmente o designer de moda mais bem sucedido do mundo. E pensar que ele queria largar tudo quando seu companheiro morreu de AIDS em 85, hein? Ficou triste, mas Armani é workaholic!

David Geffen (foto), 66 anos: U$ 4,5 bilhões
Dono da Geffen Records, selo de artistas como Nirvana, Cher e John Lennon. Além de ser sócio da Dreamworks, produtora de Steven Spielberg responsável por “Shrek”, “Beleza Americana” e “Dreamgirls”. Dizem que teve um rolo com Keanu Reeves, mas vai saber.

Para ouvir depois de ler: Rich Girl - Gwen Stefani

domingo, 21 de junho de 2009

Mais um adjetivo

Tudo começou quando uma amiga conheceu um cara. Ele era o amigo de um amigo e aconteceu deles se encontrarem por acaso no show de uma banda independente muito ruim – mas cujos membros eram também amigos e, assim, mereciam o esforço. Além do mais, a entrada era 10 reais e convidados da banda ganham cervejas.

Sem dúvidas ele era o mais velho ali, mas nem por isso menos divertido. Bem humorado, esclarecido, educado. Tudo que minha amiga sempre quis em alguém. Depois de três semanas saindo juntos e de duas noites quentes, ela descobriu que ele tinha um adjetivo a mais na lista: casado.

Devastada, ela teve que terminar tudo. Sempre existe a possibilidade de um divórcio, mas quem aí já ouviu falar de uma história assim que deu certo?

Ela me telefonou quando descobriu, coitada. É verdade que eu seria uma boa pessoa para dar conselhos ou abraços numa hora dessas. Afinal, Deus sabe quantas vezes isso aconteceu comigo – exceto que, comigo, a pessoa nunca era casada, já que esse direito ainda não é permitido aos gays, mas vocês entenderam. Embora eu conte nos dedos as pessoas que realmente mexeram comigo, perdi a conta de quantas eu tive que deixar ir pois estavam com outra pessoa ou pelo menos querendo outra.

Acontece que o cara não podia ter escolhido pior hora para revelar seu segredo. Eu estava numa dessas sessões de cinema que começam as 22h20 e, como é de costume, meu celular estava desligado. Geralmente eu o coloco no modo silencioso, não sei por que não fiz isso aquele dia. Acontece que, na falta dos meus conselhos e talvez com vergonha de contar o que havia acontecido para terceiros, ela procurou ouvir a voz de outra pessoa: Jack Daniel.

Em meia hora, não só tinha esquecido o cara, como tinha esquecido o cartão de crédito no bar, a bolsa no táxi e talvez seu próprio nome. Na manhã seguinte, tudo voltou a sua mente e com um telefonema, agora não sai da minha.

Para ouvir depois de ler: Chasing Pavements - Adele

sábado, 20 de junho de 2009

- Sua garota é adorável, Hubbell



Talvez algumas pessoas não possam ser domadas. Talvez elas tenham que correr livres até que achem alguém tão selvagem quantos elas para correr junto.

Para ver depois de ler: Monster Box Sex and the City

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Top 5 razões para formar em jornalismo mesmo o diploma não sendo mais exigido

Para quem não está sabendo, o Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou a exigência do diploma para exercício da profissão de jornalista. Legal, não? Já não basta os jornalistas – que tem quatro anos de aulas sobre ética, lingüística e técnicas de escrita – estarem cada vez mais sensacionalistas e emburrecendo. Agora, qualquer um pode escrever para um jornal. É, se abrir vaga para redator no jornal aí da sua cidade pode se candidatar. Formado em jornalismo, arquitetura ou nem formado. Dona de casa pode, pedreiro pode, pintor de parede. Não importa se você teve esses quatro aninhos de aula não.

Enfim, eu estou no sétimo período. E agora?

Será que se eu bater na porta da tesouraria da faculdade eles me devolvem o que já paguei de mensalidade? Acho que não. Então tá, vamos pensar pelo lado bom?

Top 5 razões para formar em jornalismo mesmo o diploma não sendo exigido

1) Você vai ter algum diferencial diante das pessoas que não cursaram faculdade. Isso quer dizer que, em jornalismo, “graduado” será o novo “pós-graduado”. Ele deixa de ter aquela vibe de obrigação e passa a ser seu coringa;

2) Você já pode publicar uma revista e ter seu nome no expediente, como responsável, sem precisar do Ministério do Trabalho;

3) Não precisa esperar aquela burocracia chatissíma que é a colação de grau;

4) Você pode usar seu diploma para embrulhar peixe,

5) Cela especial caso você vá em cana.

Pronto!

Ficou mais feliz, amigo jornalista?

domingo, 7 de junho de 2009

Um brinde silencioso

Tem uma música cuja letra reclama que as coisas simples ficaram complicadas demais para minha vida. Bastava que a gente assistisse ao mesmo programa de TV ou tivéssemos o mesmo personagem como preferido e podíamos ser amigos.

Hoje, a cada dia que passa, o círculo se fecha. A lista de “podes” e “não-podes” das pessoas que queremos ao nosso redor vai ficando cada vez mais objetiva – e isso não quer dizer pequena. Longe disso.

E quem dera estivesse falando apenas de beleza. É que por mais feiosa que a pessoa seja, sempre tem alguém que vai achá-la linda. Mas é que essas listas secretas são tanto abrangentes quanto específicas. Não fala inglês? Perde uns pontos. Nunca viu tal filme? Usa tal roupa? Gosta de tal autor? E por aí vai...

Era sobre exatamente isso que eu estava falando no almoço com três amigos: Olívia, uma jornalista de São Paulo; Marcelo, estudante de história e Juliana, publicitária.

Ele começou: “Eu odeio ficar sozinho. Mas, ultimamente, tenho odiado mais ainda a maneira que sou tratado por quem está do meu lado”. Pedimos mais explicações. “As últimas duas mulheres que ficaram comigo simplesmente passaram a ignorar meus telefonemas. Não entendo o que fiz de errado. Não houve pronunciamento ou desculpa alguma, como uma outra pessoa ou porque eu faço tal coisa errada. Nada. Simplesmente decidiram. Não entendo”.

Juliana: “E daí?”. Todos arregalaram os olhos, como pedindo frases completas – e elas vieram: “Você ainda tem isso de sentir mal? Eu cansei. A vida é muito curta e eu já desperdicei tempo demais. Metade da infância querendo ser adolescente, metade da adolescência querendo ser adulta. Não quero passar minha vida adulta querendo voltar a ser adolescente. E quem termina um namorinho de duas semanas e sofre é adolescente”.

Eu apenas observava – estarrecido, diga-se de passagem – quando Olívia tirou as palavras da minha boca: “Você é louca?”. E continuou: “E se você tivesse começado a gostar de verdade da pessoa? Olha, tudo bem que tem essa coisa cerejinha [referindo-se ao símbolo do hedonismo] de que a vida é curta e que se fulana saiu de cena basta partir pra outra, mas não é bem assim”. Silêncio. Todos sabíamos que não era. Mas e era o que?

Essa é a questão, acho. Os antigos códigos de ética dos relacionamentos ficaram cafonas e desceram a ladeira, mas ninguém sabe como substituí-los.

“Vocês acham que as pessoas estão mais exigentes?”, perguntei. Todos falaram um “não” meio arrastado. Marcelo: “Exigências sempre existiram, mas eram outras”. Juliana concordou. “É, agora elas estão mais específicas. Eu não consigo imaginar pontos que fossem comuns o suficiente para unir, por exemplo, um engenheiro e uma atriz”. Olívia fez uma careta – ela detesta quando a profissão das pessoas entra na jogada, diz que isso não tem nada a ver, pois já tinha ficado com doutores e pintores de parede. “Ok, mas com qual deles vocês se casaria?”, perguntei. Ela apenas deu de ombros e engoliu o resto de seu chá gelado.

“Então vamos lá”, eu disse. “Somos quatro pessoas na mesa e vocês três estão saindo com alguém. Como estão indo as coisas?”. Um fez cara de quem estava esperando o outro falar algo antes. Juliana disse que ia bem. Estava há um mês com um outro publicitário e que tudo estava ótimo, apesar de não ter rolado sexo ainda. Olívia disse que seu caso era recente demais. Tratava-se de um rapaz que ela tinha conhecido um ano atrás e visto uma vez por mês desde então e agora, finalmente, tinha durado duas semana seguidas. “A gente combina, mas não sei como vai ser o futuro ainda”.

E por que não sabe? Porque ninguém sabe? Romeu sabia no segundo que viu Julieta, Jacó trabalhou 14 anos de graça para ter Raquel. O que coloca tantos empecilhos hoje em dia nos relacionamentos? É o excesso de opções, falta de auto confiança?

“Nada disso”, disse Marcelo. “Por exemplo, eu estou saindo com uma menina, mas realmente não dá. Ela fica reproduzindo os cânones ultrapassados do Positivismo como se o cientificismo fosse desse jeito". Todos apenas levantamos as sobrancelhas e as interrogações saindo de nossas testas eram quase visíveis. Ele reparou e completou a tempo e com ar sábio: “O que quero dizer é que eu não quero só companhia. Talvez seja uma imaturidade minha, mas o que eu quero é uma pessoa sã e inteligente que, no final das contas, me considere insubstituível”.

Fizemos um brinde silencioso a isso – uma esperança secreta de todos na mesa. Bom, nem tão secreta assim mais.

Para ouvir depois de ler: Björk - All Is Full Of Love


terça-feira, 2 de junho de 2009

Guerra Fria

Faltam 10 dias para o dia dos namorados e eu estou solteiro. Quer hora mais cruel para começar a assistir um box com todos os episódios de todas as temporadas de “Sex and the City”?

“Mas essa não é uma série sobre quatro amigas solteiras e independentes que só trepam sem parar e mostram que não precisam de homens?”, você me pergunta. Bom, não. Loucurinhas à parte, no final das contas, o bom mesmo é ter alguém do seu lado. Mas são fases. Todo mundo tem um momento na vida que quer ficar quieto e outro que quer sair catando geral.

Logo nos primeiros episódios me vi diante de uma questão que sempre presenciei, mas não tinha estudado direito: a guerra fria entre solteiros e casados. Em um momento vocês são amigas, mas basta uma começar a namorar que, diante do parceiro, você é uma concorrente em potencial. O que fazer? Bye bye, amiga. Afinal, amigas te ajudam a escolher bolsas, mas não tem uma barba por fazer para roçar no seu cangote.

Mas não me entendam errado. Esse tipo de fenômeno não acontece com freqüência – ou pelo menos não é descarado. Afinal, por que meus amigos teriam ciúmes de mim? Eu não represento ameaça nenhuma para eles – e na melhor das hipóteses, eu seria um bom padrinho de casamento.

Acontece que essa guerra é particularmente intensa no mundo gay. Por cima, diria que setenta por cento dos caras que se encontram em um relacionamento não tem vergonha de admitir - pelo menos a si mesmos - que aquele compromisso só é sério se ninguém mais interessante aparecer. É como uma vaga de emprego. Se vão te pagar melhor, por que não mudar? E mesmo se o salário for igual: se for algo mais prazeroso, eles estarão de saída.

Então a guerra fria rola em duas versões por aqui: solteiros versus casais e casais versus outros casais. Ninguém deixa de ser um trapaceador em potencial. É triste ou excitante? Pode escolher. Tudo que posso dizer nesse ponto é que é exaustivo. Cansa muito viver num mundo onde “ter alguém” quer dizer “não ter outra pessoa”. Perde-se tanto com isso! No final das contas, você teve todos – mas não tem ninguém.

Eu sei que estar “sozinho” é diferente de estar “solitário”, mas esse é um desses assuntos que não dá para desenvolver com basicamente ninguém – pois não quero contar aqui minha psicóloga nem minha cadela. Certos aspectos do meu estilo de vida não podem ser discutidos com quem está fora dele e, ironicamente, nem com quem está dentro.

Todos são muito diferentes e eu preciso categorizar as pessoas ao meu redor. Com um falo só sobre algumas coisas, com outros eu falo sobre outras. Funciona bem durante o dia, mas, de noite, não consigo sentir que estou sendo cem por cento eu diante de absolutamente ninguém – pois novamente não vou contar a psicóloga nem a cachorrinha.

Para ouvir depois de ler: Sick & Tired – The Cardigans

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Who the fuck is Lady GaGa?

É inevitável comentar, mas pouca gente ousou fazer apostas. Então, aí vai a minha: Lady GaGa, o mais recente fenômeno da música pop, não quer só seus 15 minutos de fama. Essa moça ainda vai dar mais o que falar.

Um tempo atrás, Kanye West disse que ela era a nova Madonna. A moça não teve a infância complicada da atual cinquentona, frequentou a escola particular de um convento, aprendeu a tocar piano com 17 anos e estudou música na Universidade de Artes de Nova York.

Ok, mas o que faz Lady GaGa especial? Como muitos, ela apareceu do nada com um hit chiclete, mas a diferença é que a loira não parece ter cafetões. Podem dizer que ela é só mais um produto da mídia, mas não sei se é bem por aí. E tem mais: as referências dela, que vão de David Bowie a Queen. Do cantor ela pegou o visual e o dom de fazer canções com a sonoridade que eu chamo de diferente/familiar, e da banda seu nome artístico – uma citação à canção “Radio GaGa”, de 1983.

A loira acaba de lançar clipe para a música “Paparazzi”, que mistura uma letra de amor com referências a groupies, stalkers e fotógrafos. A canção faz parte de seu álbum de estréia, “The Fame”. O vídeo tem uma historinha com direito a Lady GaGa andando de cadeira de rodas, notas de dinheiro com a cara dela e coreografias tão malucas quanto os figurinos.

E foi ele que me motivou a escrever esse texto. O clipe tem 7 minutos. Alguém tem que concordar que isso é um feito. Principalmente em tempos onde podemos baixar toda a discografia dos Beatles de graça e em minutos, e que a maioria das pessoas só assiste clipes em uma telinha de YouTube.

Dividindo a cena com GaGa está o ator sueco Alexander Skarsgård, da série “True Blood”. A direção ficou com Jonas Äkerlund, que já dirigiu clipes de Moby, Prodigy, Metallica e Cristina Aguilera. Será que vamos voltar à era dos vídeos que são mega produções, como bem fazia Michael Jackson?

Claro que não é nada espetacularmente bom. As letras não são profundas, nem nada assim. Mas essa não é a idéia e, dentro da proposta que ela quer, ela vai bem e faz tudo muito certo. Só sei que diziam que Britney Spears seria a nova Madonna e não deu. Acho que GaGa pode ocupar o posto. Mas é segredo esse palpite. Apesar de tudo, ainda é muito cedo para falar. O que não pode de jeito nenhum é começar a ser repetitiva. Gagueira não tem graça.

Para ouvir depois de ler: Paparazzi - Lady GaGa