O nerd que abandonou a faculdade para poder trabalhar mais. Não que a família fosse pobre - não é como se ele tivesse ido fritar hambúrgueres no McDonald’s. Ele e uns amigos desenvolveram um software, chamado MS-DOS, que posteriormente virou o Windows. O sistema operacional esteve, para os anos 90, como a IBM estave para os anos 80 e Google e Apple estão para os 2000. O que, obviamente, inclui lucros astronômicos.
O nerd é Bill Gates que, aos poucos, planeja doar toda sua fortuna à caridade antes de morrer. Estima-se que o valor doado para pesquisas e medidas preventivas para doenças como AIDS, câncer e malária ultrapasse os 40 bilhões de dólares.
Estou vidrado em um documentário que passou na TV agora. A repórter pergunta como é ser Bill Gates e ter tanta grana assim. “É ótimo poder não se preocupar com isso. Eu estou devolvendo ao mundo o dinheiro que acumulei e essa é a melhor forma de fazê-lo” responde o agora grisalho executivo.
E deve ser mesmo, não? Imagine ter uma quantidade de dinheiro infinitamente superior àquela necessária para a vida de várias gerações! Sem se preocupar com contas, você tem tempo e cabeça para levar seu trabalho com mais otimismo e ser mais feliz consigo – caso essa fortuna não tenha vindo de nenhuma ação ilegal.
Muitos torcem o nariz e dizem que Gates sempre quer ter algo em mãos para manter-se ocupado. Primeiro era a Microsoft, depois a África com malária e, agora, ele quer um Prêmio Nobel da Paz. Que seja. Injetar tanto dinheiro nessas áreas é um feito. Uma empresária aparece e diz cheia de sinceridade: “Com isso eu acho que, no final das contas, o Windows vai ser uma nota de roda-pé na biografia dele e seu trabalho humanitário será o grande capítulo de sua vida”.
Querendo ou não, Bill Gates está firmando seu nome na lista de celebridades filantrópicas. Não existe almoço de graça, é claro. Prêmio Nobel, poder, respeito ou apenas mais popularidade estão sempre em jogo quando falamos de benfeitores como ele, John Lennon, Oprah Winfrey, Bono Vox, Hebe Camargo, Madonna e até Al Gore.
Mas importa? Se você doa anonimamente ou posando para as fotos o dinheiro entrou da mesma maneira e terá os mesmos fins.
William H. Gates finaliza o documentário: “Ele me comunicou que ia doar toda sua fortuna durante um telefonema. Foi um telefonema e tanto aquele! Pode procurar e você não vai achar em lugar nenhum um pai mais orgulhoso do que eu”.
Para ouvir depois de ler: Imagine – John Lennon
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