MIA, Ladytron, Le Tigre e mais uma penca de gente foi contratada para dar uma nova cara à Christina Aguilera. Supostamente, seria uma trabalho mais alternativo, mais eletrônico e com menos gritinhos – o que faz muito sentido comercial em tempos de Lady Gaga em alta e Mariah Carey em baixa.
Christina Aguilera falha nessa missão em dois momentos: suas baladas seguem como sempre foram e, em 18 faixas, existem dois tracks de introdução muito fracos e pra lá de quatro músicas com letras muito, muito ruins.
Mas o CD é ótimo. Quer dizer, na primeira ouvida não é tão bom quanto o esperado, mas assim que você se acostuma, é só alegria. Ignorando o péssimo primeiro single, “I'm Not Myself Tonight”, o álbum cumpre – mesmo que de forma mínima – a nova embalagem a que se propõe. Sim, pois o núcleo de Christina Aguilera é o mesmo. A prova são as baladas “Lift Me Up”, “I Am”, composta por Sia, e “All I Need”, uma declaração de amor muito bonita ao seu filho.
Por outro lado, as faixas com a tal proposta eletrônica não deixam a desejar na qualidade nem na originalidade. “Bionic”, que dá título ao disco, é ótima. Dessa leva, “Elastic Love” é de longe o destaque, mas “I Hate Boys” e “My Girls”, com participação de Peaches, também são ótimas. Todas têm letras interessantes e bem pouca da gritaria típica de Aguilera – entretanto, nada de auto-tune.
Como é notável, a latinidade e a sexualidade – dois temas muito entrelaçados – também voltam a percorrer canções da loira, que não faz feio ao cantar sobre sexo dentro do casamento em “Sex For Breakfast”, sexo oral em “Woohoo”, sadomasoquismo em “Desnudate” e masturbação em “Vanity”.
Ou seja, não dá para reclamar. Aguilera nunca teve um estilo 100% definido e seus álbuns são conceituais. Esse foi mais um, com um novo conceito. As acusações de ter copiado Lady Gaga são exageradas, tendo em vista que a mesma vive copiando Madonna, que por sua vez copiava David Bowie ou Debbie Harry.
Há espaço para todo mundo e muitas vezes na história da música o lado criativo precisa mesmo apontar para o lado que dá dinheiro. Mas isso nem sempre quer dizer menos qualidade. E Christina prova isso, pegando o que é tendência e mudando de uma maneira que ficasse confortável para ela. A vida é assim.
Para ouvir depois de ler: Bi~ON~iC - Christina Aguilera
Christina Aguilera falha nessa missão em dois momentos: suas baladas seguem como sempre foram e, em 18 faixas, existem dois tracks de introdução muito fracos e pra lá de quatro músicas com letras muito, muito ruins.
Mas o CD é ótimo. Quer dizer, na primeira ouvida não é tão bom quanto o esperado, mas assim que você se acostuma, é só alegria. Ignorando o péssimo primeiro single, “I'm Not Myself Tonight”, o álbum cumpre – mesmo que de forma mínima – a nova embalagem a que se propõe. Sim, pois o núcleo de Christina Aguilera é o mesmo. A prova são as baladas “Lift Me Up”, “I Am”, composta por Sia, e “All I Need”, uma declaração de amor muito bonita ao seu filho.
Por outro lado, as faixas com a tal proposta eletrônica não deixam a desejar na qualidade nem na originalidade. “Bionic”, que dá título ao disco, é ótima. Dessa leva, “Elastic Love” é de longe o destaque, mas “I Hate Boys” e “My Girls”, com participação de Peaches, também são ótimas. Todas têm letras interessantes e bem pouca da gritaria típica de Aguilera – entretanto, nada de auto-tune.
Como é notável, a latinidade e a sexualidade – dois temas muito entrelaçados – também voltam a percorrer canções da loira, que não faz feio ao cantar sobre sexo dentro do casamento em “Sex For Breakfast”, sexo oral em “Woohoo”, sadomasoquismo em “Desnudate” e masturbação em “Vanity”.
Ou seja, não dá para reclamar. Aguilera nunca teve um estilo 100% definido e seus álbuns são conceituais. Esse foi mais um, com um novo conceito. As acusações de ter copiado Lady Gaga são exageradas, tendo em vista que a mesma vive copiando Madonna, que por sua vez copiava David Bowie ou Debbie Harry.
Há espaço para todo mundo e muitas vezes na história da música o lado criativo precisa mesmo apontar para o lado que dá dinheiro. Mas isso nem sempre quer dizer menos qualidade. E Christina prova isso, pegando o que é tendência e mudando de uma maneira que ficasse confortável para ela. A vida é assim.
Para ouvir depois de ler: Bi~ON~iC - Christina Aguilera
Um comentário:
... o que faz muito sentido comercial em tempos de lady gaga, autotune ou como preferir, os queridos "pro tolls"; não necessariamente gente que saiba cantar de verdade. o que não é o caso da aguilera, que apesar de abusar desses efeitos no "Bionic", consegue demonstrar que suas 3,5 oitavas continuam impecáveis.
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