terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Passou, passou

Estava fazendo uma seleção de músicas que seriam interessantes de tocar em uma festa sobre a década de 1990. Havia muita coisa boa, muita coisa ruim e muita coisa boa-ruim na caixa de som. Nenhuma festa em que o setlist é restrito a algum período de tempo só pode ter música boa. Quando as músicas ruins de um certo tempo tocam, não são para serem apreciadas como composições. São para te trasportarem para um outro tempo, para você ouvir e ter a sensação de estar de novo em algum outro lugar, ouvindo aquela música e fazendo uma outra coisa - beijando alguém que já passou, por exemplo.

Mas o mais curioso foi que minha irmã, agora com 16 anos, passou perto e, sem saber o que eu estava fazendo, disse:

- Por que vocês está ouvindo isso? Essa música é tão velha!

Eu fiquei em silêncio, me perguntando como uma canção de 1999 pode ser considerada velha por ela, que ouve Marvin Gaye e que, recentemente, descobriu os hits oitentistas de Madonna e os sucessos de David Bowie?

Então me ocorreu. Ela ainda não é madura o suficiente para entender, de fato, uma festa de flashback. Mas já sabe, quase instintivamente, que músicas ruins passam e que só as realmente boas merecem ser ouvidas depois de seu tempo.

Um comentário:

Alysson disse...

Detesto festas de flashback justamente porque nunca toca o que eu gostaria que tocasse da época em questão. E quase sempre eu fico totalmente deslocado. E quase sempre eu sou O ÚNICO que fica totalmente deslocado.

Talvez eu tenha uma opinião bem parecida com a da sua irmã: eu não sou maduro o suficiente para entender, de fato, uma festa de flashback. Ou talvez eu seja só antipático... =)

Abração Gabriel! ^^